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Espaço de comunicação que se espera interactivo, este é um instrumento que permite estar próximo de amigos,presentes e futuros, cujas contingências da vida tornam distantes mas nem por isso menos merecedores de estimas e afectos.


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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Capitalidades

Recentes proximidades com entidades museológicas ribatejanas, têm-me feito descobrir (e, nalguns casos, redescobrir), uma realidade cultural a que não tem sido dado o devido valor.

Instituições não sediadas em grandes cidades, nem ligadas à grande monumentalidade, mas cada vez mais conformes as modernas exigências da museulogia. No importante material exposto (fruto de novas e velhas pesquisas), nas formas inovadoras de exposição, nos rigores interpretativos e classificatórios e, ainda, cada vez mais, na importante vertente pedagógica, lançando mão, inclusive, da dimensão virtual.
Etnográficos como o Museu do Vinho do Cartaxo, o Museu Rural dos Riachos, o Museu Etnográfico da Glória do Ribatejo, o núcleo museulógico de São João da Ribeira ou o Museu Sebastião Arenque da Azambuja. Ou, ainda, museus municipais de forte vocação arqueológica, à semelhança dos de Coruche ou de Mação.
Todos, à sua maneira, preciosos. Que, aliás, nos fazem reflectir, a propósito, acerca da conhecida analogia das “pérolas” e dos “porcos”!

A não existência de uma simbiótica sincronia promocional entre estas e outras instituições similares (situadas em cidades como Santarém, Tomar, Torres Novas, etc.,…) e as diversas entidades turísticas regionais (tenham elas o nome que tiverem), num contexto patrimonial mais vasto que englobasse, igualmente, a monumentalidade ribatejana, as diversificadas paisagens da região, o património mais ou menos intangível, as festividades cíclicas e o turismo religioso cada vez mais importantes (enquadrados todos eles, naturalmente, na matriz tejana), é lacuna cada vez mais visível e evidente!

Por outro lado, a inexistência em Santarém (capital de distrito e pretensa líder regional) de um museu etnográfico veiculador das matrizes culturais regionais, é incongruência que salta à vista do mais distraído!
A tentativa frustrada da criação do Museu Distrital que, ainda hoje, tanto quanto sei, conserva armazenadas peças sem destino nem futuro, constitui apenas mais um episódio de uma capitalidade marcada pela ineficácia de décadas.
Imagem, afinal, do Ribatejo que temos!

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