Há pessoas que dormem como anjos! Há pessoas que são uns anjos mas não dormem necessariamente como estes.
E há pessoas
que dormem e se comportam como tal! Na “santa paz do Senhor”, quero eu dizer. Sem
querer parecer imodesto, penso que me incluo nesta última categoria!
Por isso
os meus sonhos são quase sempre, efetivamente, sonhos. Quase nunca, pesadelos!
Para
isso, já me basta a realidade!
Por isso
me admirei por sonhar com a morte do Pai Natal.
Não
costumo sonhar com mortes. Dá azar!
E logo
com o Pai Natal! E ainda por cima um homicídio violento!
Assassinado
por radicais que o acusaram (vejam só) de discriminar as crianças! De só
oferecer brinquedos às crianças ricas!
De
esquecer as crianças do Terceiro Mundo. Que morrem à fome de pão… e carinho!
As
coisas que se dizem!!
Enfim: uma
tragédia!
O mundo
perde, assim, o seu maior ícone mediático!
Nunca
mais se ouvirá o gutural e bonacheirão: Ho! Ho! Ho! Ho!
Aliás,
com o seu desaparecimento, tudo se desmoronou!
Com o
desgosto, a “Mãe Natal” enlouqueceu de vez e acabou internada num hospício em
Las Vegas!
Os “duendes”
(em situação ilegal) foram deportados para a Irlanda; de volta à guarda dos
seus preciosos “potes”.
Rodolfo
e companhia, por falta das vacinas requeridas, recambiados pelos Serviços Sanitários
para a Lapónia onde, consta, terem ainda parentes.
O trenó,
apreendido, por prescrição da licença de voo!
E até o Palácio
de Gelo do Pólo Norte, ameaçado já pelo aquecimento global, se desfez, literalmente,
em água. Arrastando para o abismo hiante do oceano a prodigiosa fábrica de
brinquedos.
E foi,
precisamente, neste pavoroso momento apocalítico, que acordei estremunhado!
Atarantado mesmo!
Ainda me
custa a habituar à ideia de que foi um sonho!
Esforço-me,
aliás, por entendê-lo como pesadelo!
Mas, não
sei porquê, há qualquer coisa que mo impede!
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