Para combater o omnipresente mercado paralelo (situação natural num dos países do mundo com maior carga fiscal), o Governo pretende exigir faturas em todas as transações; mesmo aquelas tão mixurucas que não valem o papel e o tempo de o preencher.
Para isso pede ajuda aos
portugueses!
Tentando transformar, os
mesmos, em fiscais das finanças não remunerados!
Delatores, em
voluntariado!
Ao serviço de um Estado
que não consideramos pessoa de bem!
Muito pelo contrário!
Pedem-nos que acusemos
outros (que frequentemente nos são próximos e solidários), de defraudar o tal Estado,
que reputamos de injusto e insensível!
O mesmo que concede a liberdade
aos condenados da Casa Pia, enquanto mantém preso o único acusado “pé descalço”!
Que cria leis de
limitação de velocidade de 120Km/h, enquanto toda a fauna política circula aí, sistemática
e impunemente, a mais de 200!
O mesmo em que os
ministros conseguem licenciaturas matriculando-se em menos de 10% das cadeiras!
E, nem nessas, sequer, são avaliados!
Cujas leis servem
propósitos hermenêuticos, exigindo reputados interpretadores que só os ricos
podem pagar!
Que permite
sistematicamente aos poderosos (enquanto criminosos) saírem impunes por
irrelevantes (mas não fortuitas) irregularidades processuais!
Em que os secretários de
estado se regozijam com a atual e futura miséria nacional!
Em que o Presidente da
República (cujas meras despesas de representação fariam de cada um de nós um abastado
morgado) declara que os diversos milhares de euros que aufere não dão para
pagar as contas!
Em que “boys” diversos
saltitam de cargos públicos para cargos empresariais e vice-versa, em tortuosa simbiose
de ilegalidades e corrupções.
É deste Estado que querem
que sejamos fiscais!
E ameaçam-nos se não o
formos!
Vejam o estado a que isto
chegou!
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