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Auditório Municipal, Barquinha, 24 de Junho de 2017 -
Região especialmente heterogénea, o Ribatejo,
carece de uma análise social e cultural que permita perceber a sua matriz
conceptual em volta da qual a ideia de Região se estruture e desenvolva.
Se a
identidade cultural, seja a que nível de abrangência for, é feita de
identidades múltiplas, o Ribatejo pode e deve ser visto, precisamente, como oportunidade
e cadinho de análises experimentais multivalentes e diversificadas, como
diversificadas são as matrizes culturais e, até sociais, em presença.
Na sequência de anteriores ações, mais específicas,
desenvolvidas pelo Fórum Ribatejo, o I Encontro de Cultura Popular do Ribatejo (realizado
em parceria com a Câmara Municipal da Barquinha) surge, agora, como necessidade
de refletir o Ribatejo e dar mostra da produção teórica que os últimos anos têm
permitido fazer emergir nesta região.
Procura interrogar o que podemos compreender,
hoje, à luz dos mais atuais e diversos conhecimentos; em temáticas como identidade,
mitologia regional, trabalho, relações sociais e
de
género, saúde e alimentação.
Para
tal, ambiciona suscitar um diálogo aberto e partilhado entre investigadores
oriundos dos mais diversos campos científicos: das humanidades à geofísica, da economia
ao património e turismo e demais domínios do conhecimento.
Articulando, neste contexto,
o nosso passado histórico com o presente, procurar-se-á examinar as
representações diacrónicas do corpo social e cultural, da economia e
desenvolvimento regional e local, bem como questionar a importância dos fatores
identitários, enquanto mecanismos que, ontem e hoje, produzem ou não, em cada
um de nós, um sentimento de pertença.
Pretende-se perceber, ainda,
a importância histórico-cultural da matriz agrícola, numa região que aí assenta,
afinal, as condições primordiais da sua existência.
.
Com um leque temático abrangente e
interpelando investigadores de áreas diversas, o I Encontro de Cultura Popular
do Ribatejo visa, assim, lançar um debate que se mantém atual e que corresponde
aos interesses de um número crescente de investigadores e de público:
Quais as razões que sustentam, hoje, a manutenção
de uma ideia de Ribatejo?
Isto, numa altura em que as regiões administrativas
terminaram, já, há muito e os próprios distritos (no nosso caso quase
coincidentes), desapareceram igualmente.
Dirigindo-se, naturalmente, a todos os
profissionais das áreas da cultura e do social, assim como à comunidade
científica e, em especial, aos investigadores das áreas das ciências sociais,
professores dos diversos graus de ensino, técnicos culturais da administração
regional e autárquica e profissionais de turismo e património.
Todos os segmentos, afinal, de um público-alvo
particularmente alargado.
Linhas temáticas
- As mitologias ribatejanas; funcionalidades ontem e hoje.
- O trabalho e as relações de género na cultura ribatejana.
- Terapêuticas, saúde e condições alimentares.
- Identidades culturais e
variabilidades num contexto de contemporaneidade.
Informações complementares
O
prazo considerado para divulgação da respetiva iniciativa serão os meses de Fevereiro
e Março, período de tempo em que vigorará o prazo de inscrição para a
apresentação de comunicações a integrar nos trabalhos.
A
apresentação deverá constar de uma síntese até quinze linhas, título e
palavras-chave.
Deverá
ser, ainda, acompanhada de uma síntese biográfica curricular com o máximo de
doze linhas. As mesmas deverão ser acompanhadas de endereços de contacto
telefónico e de mail.
A apresentação
de textos comunicacionais não apresentará, para o autor, quaisquer encargos.
No eventual
processo de seleção serão tidos em conta a respetiva ordem de entrada, aspetos
de adequação aos temas previstos e respetivas relevâncias.
Dos
resultados de avaliação serão fornecidas as devidas informações aos respetivos
candidatos, num prazo que decorre até ao dia 15 de Abril.
Contatos
Mail de registo de
candidatura e de presença:
gabriela.rodrigues@cm-vnbarquinha.pt
Telefones de contato e prestações
de esclarecimento:
249 720
358/ 927 410 436/966 765 309
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