*********************************************************************************************************************************************************************

Espaço de comunicação que se espera interactivo, este é um instrumento que permite estar próximo de amigos,presentes e futuros, cujas contingências da vida tornam distantes mas nem por isso menos merecedores de estimas e afectos.


**********************************************************************************************************************************************************************


domingo, 20 de maio de 2012

Um meteoro em Santarém




Numa altura em que o papel autárquico de Moita Flores foi regularizado a tempo parcial, exigir-se-á, talvez, uma prévia reflexão sobre o exercício do mesmo, face a uma despedida que se percebe anunciada. Daquelas de que, como usa dizer-se: antes de ser já o eram!
É Moita um presidente que não deixa ninguém indiferente. Amado ou odiado. Sarcástico e populista. Tão capaz de um discurso acintoso e provocador como de uma pranteada oratória capaz de fazer chorar as pedras da calçada!
Alguém que passa velozmente por Santarém onde deixa alguma obra: não obstante, quase toda, controversa. A começar pelos jardins e parqueamentos, até chegar às polémicas empresas públicas.
Com aspetos positivos, como a conjuntural badalação mediática de Santarém e a aquisição de infraestruturas (símbolos históricos contemporânea da cidade) convertidos em espaços públicos sociais e culturais.
Como aspetos negativos (e para lá do equívoco burlesco da “praia fluvial”), o agravamento da dívida municipal (atingindo agora níveis de penúria), para muitos fruto de excessivas comemorações festivas que, aliás, lhe granjearam o epíteto de “Francisquinho das Festas”.
Um meteoro, afinal, na gestão autárquica scalabitana!
O problema é que os meteoros, quando visíveis, são, simultaneamente, “estrelas cadentes”!
Aparecem, brilham efémera e intensamente pela incandescência da fricção social e política e depois ardem, degeneram e acabam enterrados ou submersos, esperando ulteriores e improváveis ressurgimentos!
Queimando, entretanto, tudo em seu redor! Qual cratera estéril que precede o seu ocaso.
São fenómenos temporários e impetuosos. Mas igualmente caóticos e degenerativos.
De Moita Flores (por culpas próprias e alheias) fica a lembrança do acumular de dívidas aos diversos credores do Município, do desamparo das associações, do desleixo no apoio às freguesias.
E, principalmente, das recorrentes transmissões televisivas. Popularuchas, mas frívolas! Mediáticas, mas volúveis!
Sem pingo de consequências positivas para a população. A não ser em breves flashs de episódicas notoriedades. O minuto de fama que muitos, afinal, procuram!
Como tudo nesta história, transitório e virtual!
      

Sem comentários:

Enviar um comentário