Reflexões de travesseira
de Passos Coelho na noite da decisão do Tribunal Constitucional
Arre porra, que é demais!
(esclareça-se que estas são
reflexões interiores, daí os eventuais excessos pictóricos de linguagem)
Submete-se uma pessoa estoicamente a um processo eleitoral, serve o
povo em condições austeras e draconianas, é alvo de injustas incompreensões e inconstantes
marés presidenciais e está, ainda, sujeito a fiscalizações judiciais e
parlamentares e, ignomínia das ignomínias, bloqueios constitucionais.
Não se pode ser padre nesta freguesia!
O que é que terá dado aos acéfalos dos juízes, para se lembrarem de
respeitar a constituição?!
Logo numa altura destas. Que falta de senso!
E depois querem que o Governo os livre do buraco onde “os outros” os
meteram.
Que raio, custava muito um pouco de mobilidade… perdão, de
flexibilidade!
Não bastava já a oposição?
A externa e… a interna?
(Nesta altura, o crescente
desagrado vai-se toldando-se por uma teimosa sonolência e o cérebro do P. M. dá
mostra de alguma confusão o que, face às circunstâncias, é perfeitamente compreensível)
E porque diabo é que tem de haver Constituição?
Para defender as pessoas, é?
De quem? Não se importam de me dizer?
E, afinal, porque é que as pessoas têm de se defendidas?
Não seria melhor (como clara e atempadamente defendi) terem emigrado?
Irra, que são broncos!
(A indignação, domina agora,
definitivamente, tão esclarecidas meditações. O efeito do alvarinho bebido (para
esquecer) no Tavares Rico, contribui para uma amarga euforia pouco controlável)
E porque raio precisamos de tantos juízes?
E professores? E funcionários públicos?
E pensionistas? E idosos?
E trabalhadores, já agora? Sim! E trabalhadores?
Não se pode, mesmo, exterminá-los?
Aliás, cada vez estou mais convencido que o maior problema de Portugal
é estar infestado de portugueses!
Que praga!
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