Quer sejam um pouco
piores do que desejaríamos, quer sejam um pouco melhor que temíamos.
No que respeita a
Santarém bem que merecemos algumas melhorias.
E se a situação
económica está na última das misérias, pelo menos que os novos eleitos tenham a
perceção de que nem tudo se consegue (só) com dinheiro.
Às vezes bastam o bom
senso, a imaginação, o espírito de iniciativa: a competência afinal.
Basta olhar para o trânsito
no Centro Histórico. Se quisermos um exemplo paradigmático dos resultados da
incompetência, este serve às mil maravilhas.
-Afinal, se o centro histórico
de Santarém é tudo menos central.
-Se o trânsito viário
é, aí, inevitavelmente, difícil e pouco escorreito.
-Se o recente parqueamento
tornou mais grave a já grave desertificação em curso.
-Se a inexistência de transporte
públicos adequados foi agravando, ainda mais, a deplorável situação.
Então… pelo menos que
a circulação possível fosse aí facilitada. E que os trabalhos frente à Igreja
da Graça não imitassem os seus congéneres de famosa Santa Engrácia.
Mas há coisa mais
graves. Ó se há!
Tão macarrónicas que
só se podem explicar por reflexões superiores, muito acima do alcançável pelo
comum dos mortais.
Mesmo assim
arriscar-me-ia a pedir que me explicassem uma coisa: de preferência devagar e
pausadamente, para ver se percebo:
Porque diabo não se
há-de poder transitar através do Largo do Seminário?
Obrigando os
condutores a sair da cidade por becos e travessas para depois acabarem por vir
parar ao mesmo sítio?!
Estará, o mesmo, tão
sistematicamente repleto de pessoas, de iniciativas culturais, de dinâmicas
sociais e recreativas e de diversificadas atividades comerciais, que não possa circular,
pelo seu limite inferior, um simples sentido de trânsito?
Quem foi a alma
esclarecida que de tal se lembrou?
E já agora, que estamos
com a mão na massa, expliquem-me também o seguinte: se é suposto dinamizar-se o
Centro Histórico e se não se pode dinamizar o mesmo sem atrair as pessoas, como
diabo é que estão a pensar levar as pessoas para aí?
-Se, como parece
evidente, não se deseja que os carros aí transitem.
-Se o centro histórico
é particularmente afastado do resto da cidade, logo não existem estacionamentos
de apoio nas zonas limítrofes e portanto as pessoas não se podem deslocar
facilmente a pé.
-Se não existem transportes
públicos adequados, frequentes e baratos (nem sequer inadequados, esporádicos e
caros) e portanto, também dessa forma, as ditas não poderão, aí, viajar.
Então, qual é a
estratégia preconizada?
Se é que há alguma?
Gostava que alguém me
explicasse isto!
Preferencialmente,
soletrando a resposta, sílaba a sílaba.
Talvez assim consiga
perceber!
Sem comentários:
Enviar um comentário