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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Avieiros numa encruzinhada


Iniciado há meia dúzia de anos, o Projecto de Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional veio a constituir, uma interessante experiência de auto-organização de personagens e instituições regionais em torno de uma iniciativa, algo inédita, de desenvolvimento local. Não obstante e, simultaneamente, proporcionou também uma dispensável mostra da famigerada “política de quintinhas” que se vive entre nós.
Projectando o património material e imaterial da assim chamada “cultura avieira” (na verdade, não uma cultura, mas um conjunto de vivências culturais) a elemento pretextual de um projecto congregador de motivações e vontades, insuficiências diversas (inclusive organizacionais) têm contudo protelado a criação de condições determinantes e indispensáveis à consubstanciação do desígnio primevo. Desígnio, nas condições económicas actuais, mais difícil, ainda, de concretizar.
A reconversão reivindicativa, agora universal, deve se vista, naturalmente, como uma reinterpretação paradigmática num novo desígnio mobilizador; esgotado um pouco o objectivo inicial. Um novo desígnio afinal que, apesar de utópico, não deixe perder, em absoluto, o percurso até aqui desbravado.
A natureza ora prática do Projecto (deixando cair a componente intangível/investigativa) aposta, especialmente, em diversificados subprojectos turísticos, usando o património avieiro com catalisador simbiótico com outras áreas patrimoniais, construídas ou ambientais, culturais ou geofísicas que, como um todo, possam desenvolver em torno do Tejo actividades de valorização e divulgação, concomitantes com acções de intervenção administrativo-económicas de desenvolvimento regional auto-sustentado.
Infelizmente, hoje como ontem, a participação da maioria das instituições competentes (com honrosas excepções) sejam elas municipais, turísticas ou empresariais, tem sido distante e calculista.
A sua participação quando existe, reveste-se de contornos pouco dedicados e efusivos.
Num “esperar para ver”, que não deixa espaço a uma mais-valia mobilizadora.
Numa solidariedade orgânica pouco menos que incipiente!

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