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Espaço de comunicação que se espera interactivo, este é um instrumento que permite estar próximo de amigos,presentes e futuros, cujas contingências da vida tornam distantes mas nem por isso menos merecedores de estimas e afectos.


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sábado, 26 de março de 2016

Faenas de Outono Dezembro de 2005




Arrefece o tempo e aquece a campanha eleitoral para a Presidência da República. Acrescem, portanto, os fluxos de opiniões, que as emoções, cada vez mais intensas, proporcionam. Avultam, assim, as “faenas”: expressão meritocrática das mais valias regionais, ora potenciadas.

“Faena da redundância” para Cavaco e Silva na apresentação da sua candidatura em Santarém ao desfazer o último tabu, revelando-nos, finalmente, que se veio a candidatar, vejam só, “por imperativos de consciência!”
Como dizia um filósofo popular que o tempo já esqueceu, porque será que a maior parte das nossas estimáveis opiniões, ou são disparates, ou utopias, ou evidências ou, simplesmente,... redundâncias?!

“Faena do exagero” para Pedro Canavarro, mandatário distrital do dito, na mesma ocasião, quando embalado pela euforia do momento considerou que a vinda do “professor” ao Ribatejo em pré-campanha “era uma grande consideração pelo Distrito!”
Claro! Como aliás para os outros vinte distritos do país onde o mesmo tem estado em pré-campanha! São um total de vinte e uma “grandes considerações”, é o que é! E como o mesmo vai ainda, com certeza, estar diversas vezes em cada distrito, ninguém nos livra de uma ou duas centenas de “considerações!! Pelo menos!
Em suma, nunca fomos tão considerados!

“Faena militante” para o candidato Mário Soares que, não querendo deixar os seus créditos por mãos alheias, surge na terra das mocas (Rio Maior) a arriar forte e feio em todos aqueles que criticam a classe política. Dirá mesmo, a propósito: “a má imagem da política é uma visão anti-democrática e reaccionária com que não posso concordar”
E nós a julgar que antidemocráticos a reaccionários são os comportamentos daqueles que geram a tal má imagem!
As coisas que a gente aprende nas campanhas eleitorais!!

Mais disse Soares, numa declaração que lhe garantiu mais um prémio; este da ambicionada ”Faena do Óbvio”: “Não há profissão mais nobre quando exercida com ética e moralidade!”
Ora, ora, amigo Soares, nós sabemos que também existem políticos honestos. Sabemos que os políticos não são todos iguais. Pelo menos, têm as caras diferentes para os podermos distinguir!

“Faena Ferroviária” para Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém onde sucedeu ao conhecido “Átila de Suspensórios”. E se o mesmo inaugurou o seu mandato zurzindo a torto e a direito o seu camarada Noras, Moita surge igualmente de rompante e entre, outras ideias brilhantes, aparece a defender uma linha férrea até Alcanede.
É assim mesmo! Conhecem-se os grandes homens nas grandes ocasiões! Se os comboios dos outros não querem nada connosco, criamos os nossos próprios comboios! Ora essa!
Agora só falta mesmo um ascensor para a Ribeira, outro para Alfange e um metropolitano ligando a zona histórica com o parque do Cnema.

Finalmente “faena do paradoxo” para as associações de invisuais que vêm reivindicando a instalação de equipamentos para invisuais nas estações do Entroncamento e Vila Franca de Xira.
Pra quê, meus amigos, para quê; poder-se-á perguntar? Afinal isso não lhes vai permitir ver passar os comboios, única opção que cada vez mais nos resta, sejamos  dotados de visão, ou não!

São as prendas senhores! Prendas que as figuras públicas de um país prendado como o nosso, não podem deixar de nos presentear! E que prendas!
Afinal, Natal é sempre que um homem quiser e campanha eleitoral é sempre que haja, pelo menos, um candidato a pré-candidato!

















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