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Espaço de comunicação que se espera interactivo, este é um instrumento que permite estar próximo de amigos,presentes e futuros, cujas contingências da vida tornam distantes mas nem por isso menos merecedores de estimas e afectos.


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sexta-feira, 25 de março de 2016

Faenas de verão Setembro de 2005




Ora aqui estamos, de novo, no grande circo eleitoral. Falcões da linha dura, pombas amestradas, gorilas, equilibristas, contorcionistas, papagaios (especialmente da espécie “charneca”) e, ainda, palhaços ricos e pobres; mais ricos que pobres, diga-se de passagem!
É o maior espetáculo do mundo! Deste... e do Outro!

- “Faena da inspiração” para Carlos Sousa, o brasileiro que teve a estapafúrdia ideia de ir de Lisboa a Fátima, a pé, mas,... às arrecuas!
Se este país, terá pensado o dito, não consegue avançar no caminho do progresso por estar demasiado virado para trás, quem sabe  se... de costas não vai lá!
Já não nos bastava o Bispo Tadeu e tínhamos, ainda, que levar com mais este “brasuca” com pretensões a guia espiritual!
 Não admira que, no nosso país, até a imagens da Virgem chorem! Pudera!

- “Faena mística” para o presidente da Junta de Freguesia da Várzea que se tem ocupado, vejam só, a copiar a Bíblia, possuindo já (segundo o próprio) 1120 páginas escritas à mão! Diz ser uma forma de “interiorizar melhor o livro sagrado!
O que não se percebe muito bem é que se uma cópia o faz “interiorizar melhor”, porque diabo não faz ele logo quatro ou cinco cópias de cada página?!!
Com certeza interiorizaria quatro ou cinco vezes melhor!
Ele há gente muito simplória, benz’a Deus!

- “Faena optimista” para Rui Sardinha, novamente candidato à Câmara Municipal da Golegã, pelo PSD. Nada impressionado com o facto da sua lista não ter eleito ninguém nas últimas eleições, o candidato acredita agora “que a vitória está perfeitamente ao seu alcance!”
É o que faz andar a ver filmes do Quarteto Fantástico! Pensam logo que são o Homem Elástico!

- “Faena fiscal” para as centenas de empresas que no Distrito de Santarém têm apresentado crónicos prejuízos e, milagrosamente, passaram agora a apresentar lucros, apenas porque receberam uma carta das Finanças.
Como não nos passaria pela cabeça supor que existam tantos corruptos só no nosso Distrito, só podemos concluir que a dita carta lhes ensinou a fazer as contas!
No fundo, há muito que tinham lucros! Só que não sabiam, coitados!
São muito mais ricos do que pensavam, é o que é!! Não tinham era, ainda, dado por isso!

“Faena da desvergonha” para o município escalabitano no apoio editorial ao “Cancioneiro do Vale de Santarém”, da responsabilidade do Rancho Folclórico local. Após uns míseros 400 Euros (na aquisição de 125 volumes, atente-se!) os mesmos foram, milagrosa e convenientemente, transformados em 1000 Euros durante a cerimónia da apresentação pública da obra, após críticas, aí formuladas, à mesquinhez municipal. Mil Euros, assumidos pelo próprio Presidente da Câmara, após consulta, em direto, ao respectivo responsável dos serviços culturais.
Pois, por incrível que pareça, passada a cerimónia, o dito regrediu novamente aos 400 Euros iniciais!! Parece que terá havido um erro de informação! Ou terá sido de formação?!
Que fazer com este país? Sem respeito pelo passado! Sem recursos no presente! 
Sem futuro que se veja! 
Sem moralidade, sequer...  em que se reveja!

- “Faena trigaffe” para Ramiro Matos, presidente da concelhia laranja de Santarém, em discurso proferido no restaurante do CNEMA, por ocasião da merecida homenagem ao “senhor teatro”, Carlos Oliveira. Pelos vistos, a ansiedade eleitoral continua a afetar o discernimento dos sociais-democratas cá do burgo.
Na verdade, enganar-se, numa só intervenção, no nome do homenageado, da entidade homenageadora e propor ainda, à guisa de conclusão, uma distinção futura concedida já há milénios, convenhamos que é demais!
Enfim! Quem nasceu para lagartixa, nunca chega a jacaré!

- “Faena altruísta” para José Ganhão, presidente da Câmara Municipal de Benavente (mais ou menos, desde meados do Cretácio), justificando a sua nova recandidatura com o sofrido desabafo: “não me posso ir embora numa altura tão difícil!” 
Confesso que estou com dificuldade em segurar uma lágrima! É nestas alturas sublimes que o Ser Humano ascende, definitivamente, da bestialidade animal!
A prova disso, é que nunca se viu um animal candidatar-se a Presidente da Câmara. 
Quer dizer....

-“Faena fénix” para o Dr. Carlos Abreu, outro velho conhecido destas andanças, Presidente jurassiano da Região de Turismo do Ribatejo. Mais uma vez dado como morto (politicamente, entenda--se), o mais bem sucedido “sempre em pé” do Ribatejo, mais uma vez renasce das cinzas!
Porque diabo é que ninguém se lembrou, ainda, do colocar como Primeiro-Ministro. Dificilmente poderia fazer muito pior que os outros, mesmo que se esforçasse por isso. E esforçar-se, afinal, é algo que não está muito na sua maneira de ser. E assim, pelo menos, mesmo que tudo ruísse em seu redor, tínhamos a certeza que o mandato era levado até ao fim!

- “Faena camarada” para o Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, no comentário à ruptura com dois dos vereadores do seu partido, segundo o mesmo, e cito, “por não estarem à altura dos desafios”.
Ora, dando de barato a constatação de que o dito parece, também, não estar muito à altura de um dos  desafios mais importantes de qualquer líder, a escolha da sua equipa, o que ressalta essencialmente daqui é, mais uma vez, o desprezo dado ao valor lealdade, pelo menos, quando estão em causa imperativos de carreira.
Como dizia um filósofo popular que o anonimato fez olvidar, “quanto mais conheço os Homens, mais difícil me é rir frente à jaula dos macacos!”

- “Faena da Betesga” para o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, tentando a todo o custo encafuar o Rancho Folclórico da Ribeira de Santarém nas acanhadas instalações do Teatro Clube Ribeirense, dando, entre outros, o exemplo modelar dos seus congéneres das Abitureiras.
Pois, só que aí o dito Agrupamento corresponde a uma secção da respectiva Associação, enquanto no caso presente constituem duas associações distintas. Pe’cebe?
E se é verdade que, a festas e baptizados, não devemos ir sem ser convidados, calcule-se o que é ir viver, coagidamente, para casa dos outros!

- “Faena da amizade” para a homónima “Garraiada da Amizade”, realizada na não menos homónima “Festa da Amizade”, em Benavente.
Consta que constituiu uma autêntica revolução na “festa brava”, à qual, aliás, se pensa já, mudar o nome para “festa mansa!”
É que, segundo consta, foi aí expressamente proibido picar o touro, cravar-lhe farpas (apenas “percings”), puxar-lhe o rabo ou ofendê-lo com imprecações que envolvam a integridade moral do dito e respectiva família!
Bem-aventurados os mansos, porque obterão misericórdia!

- “Faena do mau feitio” para Carlos Nuno, comentando no jornal O Almonda, a postura e actuação do Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas: “assim vai este concelho, ditadura de um só, onde nem os do partido dele podem ter opinião!”
Ora, ora, amigo Nuno, com certeza não será bem assim!
Claro que podem ter opinião! Só que, talvez,..... não a devam exprimir! Pelo menos em público, né?!

E já que falamos de ditaduras,” faena pseudo” para Vasco Pina Monteiro mandatário da lista “Independentes por Tomar”, que concorre com o desejo explícito de derrubar António Paiva, a quem acusa de ter transformado Tomar numa “pseudo-ditadura!”
É verdade que, dizem as más línguas, ser esta lista, em grande parte, resultado dos muitos amigos que Paiva tem perdido nos últimos tempos.
Mas, com tais inimigos, quem é que precisa, mesmo, de amigos?!!

É o frenesim senhores! É a ânsia de poder a traduzir-se num chorrilho de “gaffes”, dislates e disparates, vidências e inconfidências, comoções e simulações. Num avolumar de dissertações, discussões e intervenções, inversamente proporcionais à clarividência das ditas!
Gostaria, contudo, de lhes chamar a atenção, para o facto das cerimónias políticas (nesta altura tão frequentes), serem ocasiões onde, ao contrário do que muitas vezes se pensa, se pode aprender bastante.
Assim, vos não deixeis distrair pelos discursos.

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